O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terá o primeiro dia de aplicação das provas neste domingo (9) e os dias que antecedem à prova podem ser um verdadeiro teste de controle mental para os alunos que lidam com a ansiedade.
De acordo com a psicóloga Aline Arruda, é comum que vários sintomas decorrentes da ansiedade se manifestem nos estudantes, e é importante que o candidato esteja alerta para notá-los e contê-los a tempo de não comprometer a produtividade e o desempenho na prova.
“A ansiedade pode surgir de diversas formas: na questão da respiração, da sensação de cansaço, de sufocamento, dificuldade de processar as ideias. O momento é realmente de relaxar, porque uma crise de ansiedade no momento de uma prova pode prejudicar um ano inteiro de estudos, porque a pessoa pode ter um bloqueio, a sensação de não conseguir lembrar o que estudou por pura ansiedade”, afirmou a psicóloga.
Aline ainda ressalta que uma boa noite de sono é essencial para a memória, então é vantajoso para o aluno descansar bem no dia anterior ao exame. Segundo ela, os últimos momentos antes da prova devem ser para aliviar a mente, curtindo um tempo com os amigos, praticando exercícios físicos, ou fazendo uma atividade de que goste.
“Ficar no celular não é relaxar, porque a pessoa está ali olhando para a telinha, com o corpo parado, mas a mente está processando. E agora, o principal é descansar a mente”, diz a psicóloga.
Dicas para controlar a ansiedade e se dar bem na redação do Enem
Uma das principais causas de ansiedade para os alunos é o fato de não saber qual o tema da redação e o que eles vão encontrar na hora de receber a prova em mãos. Segundo Erika Leal, professora de redação, uma dica crucial para não prejudicar a pontuação dos alunos é não copiar parte dos textos motivadores da prova.
“As orientações em relação à prova do Enem é para não copiar os textos motivadores, mas ler e entender os caminhos. Copiá-los não é contabilizado positivamente para os alunos. Além disso, é bom evitar modelos prontos e repertórios genéricos de bolso”, alerta a professora.
De acordo com Erika, para que o texto do aluno não seja considerado superficial, é necessário que o repertório usado apresente como base uma forma de conhecimento reconhecida academicamente.
“O repertório precisa ter três bases: ser legitimado, que é ser ligado a uma área de conhecimento comprovada, validada e pertinente relacionada ao assunto”, diz.
Outro risco que o aluno precisa evitar correr é o de tangenciar o tema proposto pela redação, ou seja, desenvolvê-lo de forma não convincente e perder pontuação. “Tangenciar é trabalhar o tema de forma superficial. Quando o Enem apresenta o tema, ele apresenta um recorte, uma voz de comando, e o aluno precisa citar e compreender todo o recorte temático, porque se ele traz apenas partes do recorte temático, o texto fica superficial”, explica a professora.
Quanto ao tema, a professora aposta que seja algo relacionado aos impactos causados pela tecnologia ou uma questão voltada para a causa ambiental, como forma de aproveitar a COP 30, conferência das Organização das Nações Unidas que está sendo realizada no Brasil e trata sobre as mudanças climáticas de 2025.
“Minha aposta principal está no eixo tecnológico, que pode trazer as questões de plágio, IA, os impactos da tecnologia, a influência das telas. Mas também não seria surpresa se o tema fosse relacionado ao ambiental”, sugeriu Erika.
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